Como viver na era dos excessos?

por | mar 3, 2016 | Ética

Se por um lado vivemos em épocas onde se exaltam os excessos, vivemos também em uma sociedade que cobra equilíbrio o tempo todo. Como essa conta fecha? 

Natal

Há menos de 90 dias estávamos sendo bombardeadas pelas propagandas de final de ano que, entre outras coisas, gritavam aos quatro ventos que era hora de comemorar intensamente. Oferecer uma ceia farta, presentear todos os familiares e amigos e comprar tudo o que o salário, mais o 13º e os limites do cartão e da conta permitissem. Não era hora de pensar em economizar, pois era tempo de festa!

Mas, assim que entramos em 2016, a mídia começou a massacrar os inadimplentes, chegando a ridicularizar pessoas que gastaram além do que deviam e usando-as como exemplos do que não fazer. Ué, não eram vocês mesmos que estavam promovendo a gastança sem pensar em economia? O que houve?

Mês passado foi a vez de extravasar no Carnaval. Era pular até cair, viver o dia de hoje sem pensar no amanhã, “ficar” com todo e qualquer um que desse mole e, claro, beber até não poder mais.

Porém, a mesma mídia que exaltava os excessos do Carnaval, criticava os que se excediam. Não faltaram matérias sobre violência, assaltos, atropelamentos, acidentes e por aí vai. Ué… não tinham vendido a ideia de que beber todas era tão legal e quem não bebe é careta, crente ou tem algum problema? Não haviam dito que era só usar camisinha e tudo bem? Por que agora estão achando um absurdo meninas de 11 ou 12 anos não serem mais virgens? Não entendi…

Agora estamos às vésperas da Páscoa e a nova ordem é se jogar de cabeça no chocolate. Mas esqueça daquele ovinho simples, pois a onda agora é outra. São ovos de colher, ovos trufados, ovos com recheio maciço e muita, muita cobertura! Os mais cobiçados são os ovos com quinhentas mil calorias, recheados com mais outro milhão de calorias e coberto com algo que faça esse teor calórico alcançar a estratosfera.

balança

Só que, ao mesmo tempo que devemos nos entregar ao consumo de um zilhão de calorias, temos que ser magras e atléticas, termos uma pele perfeita e cabelos que resistam a qualquer parada. E eu lhe pergunto: como? Como alguém que ainda nem se recuperou dos excessos do Natal e do Carnaval poderá ser linda, magra e saudável após a Páscoa?

Mas a coisa não pára por aí, pois em maio teremos o mês das mães (a quem devemos comprar um presente sem nos importarmos com o valor, afinal, mãe é mãe!), depois virá o dia dos namorados, as férias, o dia dos pais, das crianças e, de novo, o Natal!

Não estou de forma alguma promovendo qualquer tipo de boicote às datas comerciais (sim, amiga: datas comerciais, pois elas não estão distribuídas ao longo do ano por acaso). O que estou propondo é uma reflexão sobre o que a sociedade dita e, depois, o que ela mesma cobra.

  • Se vivemos em uma sociedade onde mais de 56% das pessoas estão endividadas, não seria hora de falar mais em educação financeira do que em comprar sem parar?
  • Se vivemos em uma sociedade onde o álcool mata mais que muita guerra por aí, não seria hora de acabar com a glamourização da bebida?
  • Se vivemos em uma sociedade onde o número de mães-meninas está aumentando não seria hora de trabalhar mais na valorização da infância do que na sexualidade precoce?
  • Se vivemos em uma sociedade onde mais da metade da população sofre com doenças causadas por uma alimentação pobre em nutrientes e rica em açúcar, sal e gorduras, não seria hora de promover mais a alimentação saudável (em vez de ridicularizar a Bela Gil por colocar batata doce na marmita da filha)?

Vivemos em uma sociedade extremamente hipócrita, que cava armadilhas para as pessoas caírem e depois lança terra por cima. Não caia nesses excessos. Crie a sua própria cultura, tenha personalidade e não se deixe levar pelo que as pessoas ditam. Já diz o ditado: “Deus nos deu uma vida para cada um cuidar da sua!”

Eu gosto muito de dar presentes, quem me conhece sabe disso, mas jamais vou me endividar por isso. Minhas amigas de verdade ficariam até chateadas se soubessem que me endividei para presenteá-las. É o que posso, quando posso e de coração, sem imposição de datas. Eu amo chocolate, mas pode ter certeza que não vou dar 50 reais em um ovo que não tem nem 15 reais de chocolate. Também acho que comer é uma das melhores coisas da vida, mas eu como para viver e não vivo para comer. Esse é o segredo para manter o mesmo peso entra ano e sai ano.

Mas tem um último segredo para se ter uma vida mais equilibrada: me faço de surda! Não ligo a mínima para o que a sociedade dita, não importa o quão alto ela grite.

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