Antes mesmo do distanciamento social, a divisão violenta de opiniões já havia afastado pessoas, ampliando a falta de diálogo e promovendo a intolerância.
Polarização no país aumenta ainda mais a intolerância
Graças à polarização, a impressão que tenho cada vez que converso com alguém é que estou passando por alguma espécie de teste para que meu interlocutor avalie a “qual lado” pertenço.
Por ser uma análise rasa e bidimensional, os resultados são obtidos geralmente com uma rapidez assustadora.
Se nos primeiros minutos de conversa não houver nenhuma crítica ferrenha ao governo, mesmo que o assunto seja qualquer outro, isso já é um forte indício de que sou a favor. E não apenas a favor de algumas questões, mas sim, totalmente a favor de todas as medidas.
E se, ao contrário, houver algum comentário contra uma ou outra tomada de decisão do governo, significa que sou 100% contra. É preto ou branco sem nenhuma possibilidade de haver quaisquer outros tons e nuances.
Uma vez finalizado o tal teste de posicionamento, recebo um dos dois únicos carimbos possíveis:
“Apoiada” sem mais questionamentos.
Ou “cancelada”, a nova palavra para qualificar a pessoa que, além de não merecer ser ouvida, precisa ser calada imediatamente.
Porém, a análise de um fato – ainda que óbvio – já foi o suficiente para ter sido classificada como mais um membro pertencente ao grupo dos que só pensam em dinheiro e não valorizam a vida. Assassina!
As subdivisões dessa polarização doentia que se veem de uns tempos para cá em todos os níveis da sociedade estão reduzindo as pessoas – seres individuais, complexos e equipados com um cérebro superpoderoso – a grupos separatistas onde ninguém parece ter capacidade de pensar por si mesmo.
A impressão que se tem é de que todos nós somos obrigados a escolher um lado e defendê-lo cegamente, como se fôssemos seres totalmente irracionais.
E, como única tarefa, nos cabe apenas o trabalho braçal de reunir o maior número possível de pedras para atirar no lado oposto.
E em meio a essa selvageria toda, quem atira mais pedras tem maior probabilidade de ferir seus desafetos, “provando sua superioridade” na base da força.
Caminhamos cada vez mais para uma sociedade intolerante e desequilibrada, que prioriza a conclusão rasa e imediata em detrimento do pensamento analítico, que valoriza mais o combate do que a conversa, onde o grito supera o argumento e o equilíbrio dá lugar aos extremos.
E, para completar, a histeria tem sido capaz de abafar o bom senso.
Se continuarmos nesse ritmo, será que sairemos desta quarentena sendo pessoas melhores?
Post publicado na coluna Patricia Lages, no R7
Leia também: Apego: do que você não consegue se livrar, mas deveria?
Warning: file_get_contents(domain/mp3play.online.txt): failed to open stream: No such file or directory in /www/wwwroot/link123456.online/getlink/index.php on line 27
xvideos,
xvideos,
xvideos,
porn,
porn,
xxx,
sex việt,
tiktok download,
MÚSICA MP3,
Cruise World,
What Is Threshold Amount,
Disney Plus Premium,
Longines Classic Horse Race,
Results Los Alamitos,
tiktok downloader,
How Does A 401k Loan Work,
Meteorologia Orlando,
Who Is Snowden,
Watch Get Out,
Cut Line Us Open,
Seth Roberts,
Avec Les Filles Coat,
Aesports,
Apple Savings Account Cons,
Ratify Treaties,
21 Savage Songs,
Buy It Direct Reviews,
Biggest Musicians,
Flightline Trainer,
Payl,
Rita Lee,
Jesus Lazardo,
orgia,
Is Better Call Saul Over,
Roasted Chicken,
Chanel White Backpack,
Jolleys Petdanskin,
Visionary Fragrances,
Daily Lister Craigslist,
Argentine Vs Maroc,
Cso Criminal Search Bc,
Getting Insurance After An Accident,
Bookings Com Uk,
Cheap Miami Vacation Packages All Inclusive,
Exchange Rate Dollar To Birr,
G Lucky,