A biblioteca da Harvard University

Como prometido, hoje vou falar de uma das bibliotecas da Harvard que traz uma história muito curiosa. Vale a pena investir uns minutinhos!

Preciso dizer que eu adooooooro bibliotecas?? rs…rs… Qualquer lugar que tenha uma grande concentração de livros por metro quadrado vai obter minha atenção!

Daí você já pode calcular como fiquei sem palavras quando vi uma das bibliotecas mais legais e curiosas do mundo.

As bibliotecas da Harvard são demais! Essa moça abaixo (que é a cara da riqueza, haha!) é minha amiga Stephanie, estudante da Harvard, fazendo uma graça na Harry Elkins Widener, a segunda maior biblioteca do mundo.

A parte que mais gostei foi o memorial em homenagem ao próprio Harry Elkins Widener. Na foto no início do post estou na escadaria que dá acesso a ele, é tão lindo…!

Harvard é um lugar encantador, daqueles que dá vontade de voltar milhares de vezes. Eu estava bem cansada depois de 4 dias em Nova York e duas noites praticamente sem dormir, mas deu para aproveitar a oportunidade mesmo assim. (O mesmo aconteceu com a Steph, que não pregou os olhos fazendo um trabalho para a Universidade madrugada afora e tendo que acordar às 4h30 para me buscar no aeroporto. Isso é que é amiga!)

A biblioteca leva esse nome porque o americano Harry Elkins Widener (1885-1912) foi aluno da Harvard (turma de 1907) e era um grande colecionador de livros, inclusive alguns muito raros. Nesta foto eu estou na entrada do prédio.

A família de Widener era muito rica e, em 1912, estavam de visita à Europa. Para voltar aos Estados Unidos, compraram 3 bilhetes para a primeira classe do navio mais seguro do mundo (aquele cujo capitão, Edward Smith, disse que nem Deus poderia afunda-lo), o Titanic. Ele, o pai e a mãe tomaram os lugares mais cobiçados do mundo na gigantesca embarcação, sem saber que seria a última viagem para dois deles.

O que dizem é que Harry e seus pais já estavam em um dos bote salva-vidas quando ele se lembrou que havia deixado na sua cabine um livro raríssimo, um exemplar de 1598 de Francis Bacon. Harry teria deixado o bote para voltar à cabine e recuperar o livro e seu pai foi atrás. Ambos não conseguiram voltar a tempo e somente a mãe de Harry sobreviveu.

Voltando aos Estados Unidos, sua mãe resolveu doar seus livros para a Harvard University, desde que construíssem uma biblioteca e um memorial em homenagem a ele (foto abaixo). Assim foi feito e hoje é possível ter acesso a essas raridades.

O que aprendi disso tudo é que, por mais que nossas conquistas sejam grandes, nenhuma delas vale a nossa vida. Harry era dono de obras raríssimas, cobiçadas por muitos milionários da época que pagariam fortunas para ter uma pequena parte desse todo. Mas, segundo a história, foi por causa de uma dessas raridades que ele perdeu sua vida.

Quando trabalhamos mais do que devemos, negligenciamos nossa família e amigos, não estamos fazendo a coisa certa. O trabalho é importante, o dinheiro também, mas eles não podem se tornar as coisas mais importantes da nossa vida.

Temos que ter equilíbrio, saber dosar cada uma das nossas escolhas e buscar optar sempre pelo melhor. É claro que temos que perseguir o que queremos e devemos fazer a diferença na sociedade, mas não às custas daquilo que é mais importante, ou seja, nós mesmas, nossa família, nossa saúde.

Há dias que tenho muitas coisas a fazer, mas se eu não estou bem, eu largo tudo e vou descansar. Simples assim. Prefiro cuidar de mim hoje do que ter um memorial amanhã! rs…rs…

Espero que tenham gostado da história. Nos próximos posts vamos falar mais sobre a Harvard e seus alunos ilustres. Certamente você conhece vários deles. Alguém pode citar alguns?

Nos vemos!
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